quinta-feira, maio 24, 2007

na/da

O homem civilizado, ocidental, greco-judáico-cristão, sempre viu a si próprio como alguém na paisagem, mas nunca como alguém da paisagem.

quinta-feira, maio 10, 2007

contribuições

NADEI no dia do NADA!
Beijos
Regina Vater

quarta-feira, maio 09, 2007

Como foi na ROCHA POMBO

Só sei que a praça ROCHA POMBO está cada vez mais (DETO)NADA.
E que está mais calor este ano do que o outro, que estava mais calor que o anterior.
E que as velhas putas deram lugar às meninas. Putinhas menor de idade. Crianças.
E que os vagabundos bêbados deram lugar aos marginaizinhos de crack, olhando torto a gente.
E que um velho caiu da escada, à nossa frente, ferindo-se. E juntou gente pra ver.
E não passou nenhum polícia lá, desta vez.

TRIBUTO AO AR - GOTO


clique na foto para ver:

DDN do Goto

Hoje acordei com o primeiro sol alaranjado na parede branca do quarto... Estiquei a cabeça até a janela para ver a silhueta da Serra do Mar quase inteira no horizonte: o Pico Paraná, o Marumbi, o Anhangava, o Pão de Ló... Quando o inverno se aproxima, a alvorada se afasta, um pouco do leste ao nordeste. Um pouco. O sol nasce agora exatamente no meio do cume duplo do Pico Paraná, o mais alto da Serra. É sempre bom de ver. Nem que seja pra em seguida afundar na cama novamente, pra raspar o resto de sono de dentro do corpo. Deitei, e espreguicei. Pensei: que dia bom pra fazer nada...

Não foi assim. Atividades. Objetos & verbos. Contas pra pagar, aparelho de DVD para arrumar, monografias pra ler, projeto a encaminhar, entrevista pra dar, trabalho pra continuar, grana para pleitear.

Caminhei muito na rua, em meditação automática. Atravessei o calçadão da Rua das Flores 4 vezes, entre idas e vindas. Num nobre trajeto entre a Visconde de Guarapuava e o Solar do Barão: bota a praça Rui Barbosa, a Osório, a Boca Maldita e a Praça Tiradentes no meio só para rechear de tempo as distâncias, entre muitas ruas mais atravessadas no caminho. Entre o trânsito e o transe, uma pausa. Sentado num banco à sombra das altas árvores da Praça Osório, depois de almoçar um creme de açaí na Winners. Para descansar e ler. Estendi minhas percepções distraidamente da escrita à imagem (distraídos venceremos?) seguindo o vôo de uma bela borboleta preta repleta de pintas azuis, e algumas brancas, como que espirrada de tinta pela fricção de uma escova. Pollock não faria melhor. A pintura é a natureza, e ainda voa! Incrível (Deus é incrível!) foi ver a cor alaranjada sob suas asas, um laranja peludo, um tom de sol nascente na Serra do Mar! Fiz uma solitária reverência mental ao dia do nada, continuei contemplando, e depois parti.

Goto (zero hora agora, entre 7 e 8 de maio de 2007, em Curitiba)

segunda-feira, maio 07, 2007

goto

click na imagem para ver:
uma crítica ao trabalho alienado!
uma minimalista seqüência alfabética.
levando ao cansaço, ao sono...
e inesperadamente,
ao sonho.

quis dirigir uma idéia como se tudo fosse intenção;
e ao final,
o resultado zombou de mim!

Me conformei ao acaso.

domingo, maio 06, 2007

quem quiser postar manda um email.

coisas.sa@gmail.com

Trecho de correspondência

...Mas pra amanhã, acho que vai ser mais "simbólico" e "reflexivo" do que de ação, propriamente. Exibir trabalhos a gente pode fazer como projeto, com ações melhor planejadas, conhecendo o lugar das ações. Se vc fizer duas bolhas de sabão amanhã, fechada no seu quarto, pô, Gabi, já é.
Estou em Londrina e a gente vai pra praça de sempre. Uma turminha. Lá pensar, conversar.
Pelo menos, a gente tem a desculpa que Deus, se inventou os números, descansou no dia 07, ou, no sétimo dia e o dia do nada e o descanso têm muito a ver, né?
Outra muito boa - essa para o circuito - é o papo do "retard", em M.D. (mARCEL dCHUPAMP). Acho que é a Rosalind que fala disso, num texto que que o papo é indícios, mas esqueci o nome dele agora (mal de não ter computador com internet na mão).
Uma imagem: o Matta-Clark, de bicicleta preparada, com equipamento de oxigênio, downtown de NY, vendendo ar puro para os tecnocratas e financistas.
"Gordon Matta-Clark’s portable breathing station is a commentary on the endangered atmosphere of the urban environment of the ’70s as well as the present, and preceded the recent trend of oxygen bars in the blighted metropolises by decades."