domingo, abril 10, 2011

Todo mundo nu facebook e no orkut

GALÉRA, ESTOU SUGERINDO QUE TODOS MANTENHAM UMA FOTO NUA NO PERFIL DO FACE E DO ORKUT EM APOIO À ARTISTA ANGELA FREIBERGER QUE TEVE SEU PERFIL RETIRADO DO FACE DEPOIS QUE COLOCOU UMA FOTO DE UMA PERFORMANCE DE UMA MULHER NUA EM SUA PÁGINA.
PODE SER QUE ELES CENSUREM MUITA GENTE E ISSO SERIA MUITO SÉRIO. E PODE SER QUE ELES TOLEREM, E ISSO SERIA UMA GRANDE CONQUISTA. ENTÃO, VEREMOS SE ELES ESTÃO MAIS A FIM DE CONSUMIDORES OU MAIS A FIM DE REPRIMIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO DAS PESSOAS.

segunda-feira, abril 04, 2011

Por favor, sigam o DDN pelo Facebbok

é só entrar na página de Rubens Pileggi e pedirem para entrar no grupo

sexta-feira, abril 01, 2011

Dia do Nada 2011: Posicionamentos

Aos amigos, camaradas e parceiros.

O Dia do Nada é um evento que acontece desde 2002. Embora o NADA não possa ser capturado nem em um tempo, nem em um lugar, tem sua efeméride marcada sempre para acontecer na primeira segunda de maio. Maio porque maio tem o dia do trabalho para ser comemorado. E se tem o Dia do Trabalho, porque não ter um dia para homenagear a folga, a preguiça, o dolce far niente? Melhor ainda se esse dia cair em uma segunda-feira.

Assim, todo ano é desenvolvido um tema e se convocam os artistas e pensadores no desafio não em "não fazer nada", mas em "fazer nada" como pressuposto de um fazer criativo. Ora, tanto a arte quanto a filosofia vem produzindo e debatendo pelo menos desde o modernismo essa questão, que também diz respeito à idéia ou a possibilidade, ou não, do absoluto, portanto, o nada tem a ver com religiosidade, também. O que dizer, então, em relação à sociologia, onde a idéia de trabalho se tornou uma religião em nossa cultura? Mas o DDN não é contra o trabalho. O DDN é contra o trabalho escravo, a mais-valia, o trabalho repetitivo e desprazeroso. E que se entenda: contra no sentido de usar essa paisagem como fundo que se contrasta com a figura que se expressa, não negando, simplesmente.

Neste ano de 2011, o DDN comemora sua décima edição e tem como tema a frase "TODO MUNDO NU", nascida de uma conversa com o artista Aimberê César, que vem pensando formas jurídicas de descriminalizar o nu, de modo a buscar a legalização de sua prática.

O debate em torno desse tema, assim, promete ser bastante produtivo, uma vez que o nu, em si, não é um ato obsceno e sua prática não deve implicar em atentando ao pudor, pelo simples fato de que nascemos nus e, em nossas origens geográficas, a prática do uso da roupa é que era algo a se estranhar e não seu contrário. De fato, a "imoralidade" está em quem assim lê a liberdade do outro como ato obsceno, querendo enquadrá-lo em  regras e  normas que não implicam na experiência do dissenso para a prática do comum, mas a do consenso baseado na exclusão. Uma falta de gentileza é mais obscena do que o simples fato de tirar as roupas em público!

Ocorre, também, que o nu feminino é o objeto mais vendido na publicidade e é quase aceito como natural, mesmo que investido de carga erótica. Já o nu masculino é sempre passível das piores ameaças, por uma questão do machismo no poder, como se um corpo despido pudesse ameaçar todo um sistema armado e defendido contra o vírus da liberdade. É fácil verificar isso. Basta clicar a palavra nu no site de buscas Google e as imagens que aparecem são, em sua grande maioria, de mulheres disponíveis para o sexo. Por que será que o corpo não pode ser visto apenas pelo que é?

A arte há muito detecta esse problema. Entre nós, destaca-se o pioneiro e ousado gesto do artista "Antonio Manuel" realizado no Salão de Arte Moderna, no MAM/RJ, em 1970. Antes dele, a dançarina Luz del Fuego. Antes dela, todos os indígenas andavam nus na Terra Brasilis. Depois deles, há vários destaques, como o próprio Aimberê Cesar, durante um evento na ECO 92, no espaço público, sem a proteção da instituição para alegar que o gesto era uma "obra" artística.

Em todo caso, o DDN não é novato no assunto. Em 2005, houve a autuação de 3 membros do Dia do Nada, em Londrina, por "ato obsceno", pela interação com a obra "roupa sem corpo, corpo sem roupa", de minha autoria, realizada em uma praça da cidade. Este ano, no entanto, não queremos complicações com a polícia e buscaremos formas de nos expressar sem quer nenhum de nós seja levado para a delegacia.

Conscientes de que o tema da prática do nudismo é tão amplo quanto a própria questão que envolve o Nada nas mais diferentes áreas do conhecimento humano, buscamos estratégias de ampliar a visibilidade de um, sem perder a seriedade e sensibilidade que o tema em questão requer. Assim, o Dia do Nada se opõe ao capitalismo não para negá-lo, mas no sentido de torná-lo um fundo para a figura que a ele se opõe, criando os mais diferentes contrastes. No caso do tema TODO MUNDO NU, a estratégia é de atiçar a curiosidade das pessoas para o Dia do Nada, mesmo que se tornem a principal atração do festival, uma vez que quem se dispõe em ver o outro se despindo no DDN está menos fazendo do que quem, de fato, deveria se despir aos olhos do público.

Tudo ainda está por se formatar, ainda, no entanto algumas idéias começam a ganhar densidade e, através delas, outras estão sendo processadas. Assim como no ano passado fizemos um abaixo assinado “pela redução da jornada de trabalho a ZERO horas semanais”, podemos fazer um abaixo assinado pela legalização da prática do nudismo. A forma de fazer isso é que deve ser pensada, nesse caso, para não constranger as pessoas a levantarem mais uma bandeira, caso não queiram se filiar ao PN. Há outras ações que se casam muito bem com a premissa do tema do DDN. Por exemplo, o trabalho do Jarbas Lopes realizado em um evento em Salvador, onde pessoas caminhando pelas ruas da cidade, todas juntas, fazem um escudo para que uma delas - e depois outra, sucessivamente - tire as suas vestes no espaço público.

Um caminho possível seria a ida do Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, até a FUNARTE e/ou ao MAM. No largo, algumas performances e objetos poderiam ser vistos, a começar pela performance do Nivas (Nivaldo Carneiro), Nada vendo, Nada troco, Nada dou, baseada nos bordões de camelôs.  Também acho que seria muito legal ter as roupas do Daniel Toledo e o Opavivará; a escultura de arame farpado da Elen Nas; o Vendo Mulher, uma caixa preta com furo e uma foto de mulher nua, dentro; e também o Corpo sem roupa/ corpo sem roupa, com roupas moldadas com gesso, como se fantasmas caminhassem pelas ruas da cidade. A Aletéia Daneluz já está inserida no nosso processo, sugerindo uma “parada nua”, ou, uma “praia de nadismo”. Da Carioca, saímos no bololô do Jarbas, caminhamos até o MAM (vou ver se consigo eletricidade) e lá fazemos uma rave ao ar livre, com as pessoas dançando como quiserem. A artista e DJ Susana Guardado vai pilotar as máquinas.

Em Brasília, o Corpos Informáticos irá realizar uma ação na frente da CAPES. Talvez, pular corda nus. Em Bela Vista do Paraíso uma pessoa (ou várias) irão correr pela avenida principal, nus, de madrugada, abrindo o dia 02 de maio. Em Londrina, em Recife e em outras cidades estou esperando respostas.

Bem, acho que isso já dá para começar. Quem tiver interessado em participar, entra em contato para ir fechando a programação e saber mais ou menos com será nossa estratégia. Proponho, antes, também, a realização de um leilão com trabalhos de artistas simpatizantes à causa, podendo ser mais um elemento aglutinador entre os artistas para que o DDN 2011 deslanche.


Espero a participação de todos

Abraços nadísticos

http://nothingday.blogspot.com