quinta-feira, outubro 01, 2015

DIA DO NADA 2003

 Leo Benatto e a paisagem emoldurada na tela de pintura
 Tadheu Amélio e o CD com a trilha sonora original do Dia do Nada 2003.
 Pessoal do Museu de Arte de Londrina chupando as mexiricas que eu trouxe de Bela Vista.
 Desocupados atuando como desocupados na Praça.
 Escultura de fumaça.
 As meninas
João Carlos Zaniolo, de pijamas, pantufas e corbertor, sobre sua cama, na Praça.
 Erika e sua irmã
 Todo mundo vira personagem do Dia do Nada, até quem não sabe o que é o Dia do Nada e só quer pegar algumas mixiricas para chupar.
 Curtindo na piscina que o Yuri levou na Praça.
 Sempre cabe mais um...
 Tiãozinho e sua pescaria... detalhe: o tanque estava vazio e não tinha anzol na ponta da vara de pescar...
 Olha o Dia do Nada na puata da televisão, minha gente...
 JN estadual...
Yuri enchendo o tanque da ex fonte luminosa da antiga rodoviária com conta-gotas...




DIA DO NADA – 1ª segunda de maio – dia 5 – 2003

Nada. [Da loc. do lat. tardio res nata, 'coisa nascida', 'alguma coisa', que com elipse do não (res[non]nata) e perda do res, passou a significar 'coisa alguma', 'nada']Pron. indef. 1. Nenhuma coisa; coisa alguma. Adv 2. De modo algum; absolutamente não. S.m.3. A não existência ..... (Aurélio)

Dia de ócio, vagabundagem, preguiça
dia de fazer nada
ouvir cage, novos baianos, raul, caíme, calma
um dia de sossego, livre
a participação é espontânea e pode ser conectada além de um ponto fixo: a programação de uma rádio, por exemplo
levar redes, livros, cafezinhos, coisas para poder "viajar" um pouco. sair da dureza da realidade, encontrar a flexibilidade, dobrar o peso de uma rotina, encontrar uma vírgula no meio da tarde,
quem sabe?
inventar o ócio como um dia a ser comemorado
uma licença poética no meio do estresse da cidade
um dia para decretar um território nosso, para expandir um limite, para ser ocupado sem culpa. um dia dedicado ao delicado sabor da poética. saborear uma situação rara em comum
tecer poéticas, criar tramas, conexões, para REDES_COBRIR_O_BRASIL
quem ver e não saber pode nem pensar no que seja. é tudo misturado. um projeto de arte interagindo no cotidiano. sem interferir na vida das pessoas, de certa forma. já q tudo está no ar, mas o lugar sendo algo diferente. aberto aos acontecimentos
uma proposta de resistência coletiva contra o trabalho individualista, mecânico, sem criatividade e desprazeroso
mas não confunda: não participar não quer dizer fazer nada, no sentido que damos aqui
e mais, onde vc esteja. Porq o movimento é parado. Porq a ação é colocar o cotovelo no balcão e bater papo. e registrar e juntar os materiais. E tudo ser de todos o tempo todo.
não, não é para ir jogar dominó, dama ou bingo, é para ir fazer NADA mesmo, simplesmente sentindo a vida acontecer
faça qualquer movimento quer tenha a ver com essa idéia, como transformar sua agenda em aviõezinhos de papel, bola para embaixadinhas, sair para tomar uma cerveja na hora do expediente, deixar a chuva chegar sem esperar nada do céu, ver o arco-íris se formar e o mais que lhe der vontade. vale a criatividade, a rebeldia e o espírito livre para deixar as coisas acontecerem! afinal o santo Padroeiro do dia do Nada é São Nunca