domingo, outubro 22, 2006

Dia do nada alemão...

I’M BUSY
Oct 13th, 2006 – Jan 7th, 2007
GAKGesellschaft für Aktuelle Kunst Bremen
Teerhof 21, D-28199 Bremen
T +49 421 500 897, F +49 421 593 337
office@gak-bremen.de
http://www.gak-bremen.de/

Opening hours: Tue–Sun 11 am–6 pm, Thu 11 am–9 pm, Mon closed

Particular opening hours: December 24th, 25th, and 31st, 2006 closed
December 26th, 2006 and January 1st, 2007, opening hours: 2 pm–6 pm

Francis Al˙s (B) \ John Baldessari (USA) \ Alice Creischer/Andreas Siekmann (D) \ Josef Dabernig (A) \ Matthias Klos (A) \ Aernout Mik (NL) \ Jean-Luc Moulčne (F) \ Adrian Paci (AL/I) \ Danica Phelps (USA) \ Reinigungsgesellschaft (D) \ Corinna Schnitt (D) \ Markus Seidl/Elisabeth Schimana (A) \ Antje Schiffers (D) \ Annette Weisser/Ingo Vetter (D)

“Life without work,” psychoanalyst Sigmund Freud writes, “is something I can’t really comfortably contemplate. For me, fantasizing and work go together; nothing else amuses me.” “Ne travaillez jamais–work? Never!” Over fifty years ago this slogan, attributed to the Situationists, described precisely the opposite: the “truly revolutionary problem,” e.g. leisure time. The founding members of the French Situationists knew what they were talking about: “Since we have spent several years literally doing nothing we can justifiably define our attitude towards society as avant-garde. In a society still based on work, we have seriously endeavoured to dedicate ourselves exclusively to leisure time.”

Is life without work conceivable? Profession, career and perhaps self-fulfilment are models that are still incontestable on the one hand, and are beginning to crack on the other – but are nevertheless based on a common principle: Work is understood as productivity that is visible and can be converted into capital. And what is the opposite of this work? It seems to be irreconcilably opposed to idleness, leisure or self-determined activity, everyday occupations, necessary, meaningless or self-chosen actions. Are they reluctantly accepted accessories to effectiveness, the germ cell of identity formation, an evil necessity for the regeneration of what really counts–i.e. the ability to work–, or are they the paradisiacal realm of freedom?

The notion of the artist as personified idleness has persisted to this day. Yet the image of the autonomous artist in his solitary studio belongs to a romantic-bourgeois past. In this new conception, work is becoming increasingly indistinguishable from creativity. Hierarchies are disappearing in favour of responsible self-organization.

The exhibition focuses on discussions revolving around the concepts of work and leisure and on the way society evaluates them, particularly from the point of view of how those evaluations affect art. The wide range of art projects begins with John Baldessari’s statement “I’m making art” of the year 1971, arising from the core of the essential artistic issue in the studio: What is the relationship between what one does and what one produces?

Curator: Gabriele Mackert

CATALOGUE
An accompanying catalogue (English/German) documenting the exhibition and essays by Elke Krasny, Roberto Ohrt, Ramón Reichert, Barbara Schröder, Holger Kube Ventura, and statements of the artists will be published.

LECTURES AND EVENTS

About the Idea of the Unconditional Basic Income
Ludwig Paul Häussner, University Karlsruhe
October, 19th, 2006, 7 pm

Afterwards
A Village Does Nothing
Presentation of the Project, Filmscreening and Discussion
With Elisabeth Schimana, Thomas Frey, and Ludwig Paul Häussner
October, 19th, 2006, about 8.30 pm

The Legend of the Artist as an Entrepreneur
Dr. Ramón Reichert, Culture and Media at the University of Art in Linz
November, 9th, 2006, 7 pm

The Totalitarity of Work?
Prof. Dr. Gerburg Treusch-Dieter, University of Berlin
November, 30th, 2006, 7 pm

Verflüssigungen. Lanes and Detours from the Welfare State to the Culture Community
Adrienne Goehler, author and curator in Berlin and Portugal
December, 14th, 2006, 7 pm

LOCAL DATES

If I had Time
Dr. Henning Scherf, retired mayor of Bremen
Meeting place: Stephani-Kirche, Stephanikirchhof
November, 12th, 2006, 4 pm

A Practical Lection of Faineance
OtiumWith Sophie Warning, Ludwig Sasse, Felix Quadflieg, Eberhard Plümpe, Zourab AloianMeeting place: Crossing Neuenlander Street / B75
December, 1st, 2006, 2 pm

FINISSAGE
January, 7th, 2007
Artist Talk with Antje Schiffers, 4 pmConcert with Christoph Ogiermann, violine and Michael Rettig, piano, 6 pm

COLLABORATION WITH:
Arbeitnehmerkammer Bremen (Chamber of Employees Bremen)
Heinrich Böll Foundation, Bremen

SPONSORS
Funded by the German Federal Cultural Foundation

The GAK (Gesellschaft für Aktuelle Kunst) is funded by the Senator of Culture of the Free Hanseatic City of Bremen.


enviado por Regina Vater


quinta-feira, setembro 21, 2006

Dia do nada em Bali


E. P. I. Zentrum
Europäisches Performance Institut





The 15th Performance Art Conference
NYEPI
15° Conferência de Performance Arte, 20 de Março em 2007 em Bali/Indonésia
°°°°°°°
A realização da habilidade “de ser um anjo” para qualquer um

Nyepi, Dia do Silêncio de Bali – Nyepi 2007 – aconteçe 20 de março, 2007

Há um resguardo a cada celebração de Ano Novo em Bali. Todos os espíritos malignos devem ser provocados por meio deste “Dia do Silêncio”

Conceito
Artistas da performance de todo o mundo serão convidados a participar do evento “Nyepi” de 24 horas.

Há duas formas opcionais de participar:
a- Os artistas viajam para Bali e realizam o evento em conjunto com os artistas da Indonésia e/ou outros visitantes presentes e participantes do projeto em qualquer local escolhido lá. Será um local fora da cidade pois a toda a vida na cidade será completamente interrompida. Nenhuma produção – nenhuma discussão – apenas silencie e seja o mais econômico possível em movimentos.
b- No mundo inteiro. Os artistas participantes realizarão um happening de 24 horas em seu país de residência,durante uma viagem,no local onde estiverem,a sós ou em companhia de outros. Isto também pode ocorrer junto com qualquer outro projeto,nas férias ou de qualquer outra maneira. Em qualquer potencial lugar no mundo onde estiver o artista participante. Este evento será e deve ser isócrono.
Por exemplo; 0:00 horas em 20 de março em Bali equivale a 16 hs de 19 de março no Reino Unido e 11horas em New York em 19 de março.
Um website será estabelecido para documentar o evento. Somente o nome dos artistas participantes e dos locais serão publicados.Nenhuma explicação, representação alguma, simplesmente os nomes e os lugares. Isso será fornecido por ASA-European / E.P.I. Zentrum
Fatos Filosóficos -

° O ser humano tem escolha apenas entre a compreensão e a ação, entre a verdade intolerável e a fraude lúdica; enquanto não finalizar o que ele, – com a ajuda das suas orgulhosas conquistas opera freneticamente: o fim do processo histórico, que significa a sua queda ou; se concedido,o início da era pretérito-histórica”. Cioran
° Reduzir a velocidade, renovar, silenciar, a suspensão no mundo inteiro durante apenas um dia, a calma através do movimento mínimo.
° John Cage: “A música em que foco não tem que ser chamada de música. Nada há nesta música que deva ser lembrado.Tema algum; apenas atividade de tom e silêncio”.
° Charrom anotou que ele reconhecia mais brouhaha e agitação em Florença nos últimos dez anos dos que no período de 500 anos em Graubünden (Cantão na Suíça), e concluiu que uma ordem civil (um política) só é duradoura quando é possível “silenciar e aliviar o espírito”.
° 29 de agosto,em 1952 o pianista americano David Tudor apresentou a estréia mundial de uma nova composição em Nova Iorque.Ele sentou-se ao piano de calda, fechou a tampa do teclado, permaneceu exatos 4 minutos e 33 segundos no seu instrumento e então abriu a tampa novamente.

Transformação de tradições – tornar-se tradição
Que a idéia e tradições culturais de “Nyepi” reluzam de Bali por todo o planeta.
Que esse dia deva ser apresentado enquanto performance anualmente, representando o primeiro dia intercultural de todos os povos do mundo.
Que Nyepi seja transformado - de um projeto genuinamente artístico em um projeto cultural.
Que todos os povos do mundo sejam convocados a ancorar e legitimar este dia em seus catálogos de leis constitucionais.
(ou ancorá-lo entre as várias formas existentes de leis constitucionais escritas,etc...)
Que se encontrem indivíduos, que busquem desdobramentos deste projeto em seus países.

Algumas breves informações sobre a cerimônia do Ano Novo em Bali:

Nyepi: Dia do Silêncio de Bali,no ano que vem é Nyepi em 20 de março,2007.
Cada religião ou cultura ao redor do mundo tem suas próprias maneiras de celebrar o ano novo.
Por exemplo, os Chineses tem o ano Imlek e para celebrá-lo tem, como eles dizem em sua própria língua, Gong Xi Fat Choy. As sociedades muçulmanas tem o seu ano Muharam,e qualquer pessoa no mundo que use o calendário Gregoriano celebra o Ano Novo em 1 de janeiro.
O mesmo ocorre também em Bali, porém os balineses usam diversos sistemas de calendário.Eles adotaram o calendário gregoriano para negócios e propósitos governamentais.Mas para a procissão infinita de dias sagrados, aniversários de templos,celebrações,danças sagradas, para construir casas,cerimônias de casamento,processos de morte e cremação e outras atividades que definem a vida balinesa, eles tem dois sistemas calendários.O primeiro é o Pawukon ( da palavra wuku significa semana) e Sasih ( que significa mês). Wuku consiste em trinta ítens iniciando em Sinta, primeiro wuku e terminando em Watugunung que é o último. O Pawukon;um calendário ritual de 210 dias trazido de Java no século 14,é um complexo ciclo de conjunções numéricas que fornece a agenda básica para atividades rituais em Bali.Sasih, um sistema paralelo de origem indiana, é um calendário lunar de doze meses que começa com o equinócio da primavera e é igualmente importante para determinar quando se deve prestar respeito aos deuses.
Os ocidentais abrem o Ano novo em festa, porém, em contraste, os balineses abrem o ano novo em silêncio. É o Dia Nyepi,o dia do silêncio balines,que cai no dia que segue a lua negra do equinócio de verão,e abre um novo ano da era Saka Hindu que teve início em 78 A.D.
Nyepi é um dia para se criar e manter o equilíbrio da natureza. Baseia-se na estória de quando o Rei Kaniska I da índia foi escolhido em 78 A.D. O rei era famoso pela sua sabedoria e tolerância para com as sociedades Hinduistas e Budistas.Naquele ano, Aji Saka fez Dharma Yatra (o tour missionário para promover e “pulverizar” o Hinduismo) pela Indonésia e introduziu o ano Saka.
A condução para o dia Nyepi é como segue:
Melasti ou Mekiyis ou Melis (três dias antes do Nyepi)
Melasti serve para limpar o pratima ou arca ou pralingga (estátua), com símbolos que ajudam a concentrar a mente para se tornar mais próximo a Deus.A cerimônia é conduzida para limpar a natureza e todo o seu conteúdo, e também para pegar a Amerta (a fonte da vida eterna) do oceano ou outras fontes de água (lago,rio,etc). Três dias antes do Nyepi,todas as efígies dos Deuses de todos os templos das vilas são levados ao rio em cerimônias longas e coloridas.Lá, elas devem ser banhadas pelo Netuno do Senhor balinês,o Deus Baruna,antes de serem levadas de volta para casa em seus templos.


Tawur Kesanga (véspera do Nyepi)
Exatamente um dia antes do Nyepi,todas as vilas em Bali realizam uma grande cerimônia de exorcismo no cruzamento da avenida principal, local de encontro dos demônios.Eles geralmente fazem Ogoh-ogoh (os monstros fantásticos ou espíritos malignos ou Butha Kala de bambu) para propósitos carnavalescos. Os monstros Ogoh-ogoh simbolizam espíritos malignos que rodeiam nosso meio ambiente e tem de ser livrados das nossas vidas.Os carnavais propriamente ditos acontecem em toda Bali depois do poente. Bleganjur, uma música de gamela balinesa acompanha a procissão.Algumas são gigantes extraídos de crenças clássicas balinesas.Todos tem garras, olhos esbugalhados e cabelo assustador e são iluminados por tochas.A procissão geralmente é organizada pelos Seka Teruna,a organização jovem de Banjar. Quando Ogoh-ogoh é tocado pelos Seka Teruna, todos reúnem-se em carnaval. De forma a criar uma relação harmônica entre o ser humano e Deus, ser humano e ser humano, e ser humano e seus ambientes, Tawur Kesanga é realizado em todos os níveis sociais desde a casa das pessoas.À noite,os Hindus que celebram Ngerupuk começam a fazer barulhos e tochas iluminadas pelo fogo e queimam o Ogoh-ogoh para tirar o Bhuta Kala,espíritos malignos, de nossas vidas.

Nyepi
No dia do Nyepi,todas as ruas estão tranquilas – não há ninguém realizando atividades cotidianas. Há geralmente Pecalangs (seguranças tradicionais balineses) que controlam e fiscalizam a segurança das ruas. Pecalang usam uniforme preto e um Udeng ou Destar (um chapéu tradicional de Bali que é usado em cerimônias). A tarefa principal dos Pecalang é não somente de zelar pela segurança, mas também de interromper qualquer atividade que atrapalhe o Nyepi. Nenhum tráfego é permitido, tanto de carros como de pessoas,que devem estar em suas casas. A iluminação é mínima ou nenhuma,radio out v são desligados e obviamente ninguém trabalha.Até mesmo fazer amor, esta tão primeira atividade de todos os tempos de lazer, supostamente não deve ocorrer nem tampouco ser tentada. O dia todo é preenchido simplesmente com alguns latidos de cães, zumbidos de insetos e é apenas um dia longo e quieto no calendário desta ilha que é senão frenética. No Nyepi, espera-se que o mundo seja limpo e que tudo se renove para começar de novo,com o ser humano simbolizando controle sobre si mesmo e a “força”do Mundo, apesar do obrigatório controle religioso.




A Visualização do Ser Anjo no âmbito do Ser Humano


° Ngembak Geni (o dia seguinte ao Nyepi)

Ngembak é o dia em que Catur Berata Penyepian termina e as sociedades hindus se visitam para perdoarem-se mutuamente e realizarem o Dharma Chanti. Dharma Chanti são atividades de leitura do Sloka,Kekidung,Kekawin,etc. ( escrituras antigas que contém música e letra).
Do ponto de vista religioso e filosófico, Nyepi é um dia dedicado à introspecção para que se tomem decisões a respeito de valores como por exemplo humanidade,amor,paciência,gentileza,etc.,que devem ser perpetuados. Os hindus balineses tem várias formas de celebração (alguns dias sagrados) porém o Nyepi é talvez o mais importante dia religioso e as proibições são levadas a sério particularmente fora do eixo turístico do sul.


With regards and big hope of participation



Boris Nieslony




Europäisches Performance Institut
ASA-European • Boltensternstrasse 16 V 6 • D - 50735 Köln • 0049-(0)221-245115
asabank@asa.dewww.asa.dewww.epi-zentrum.org

TRADUÇÃO: MARGIT LEISNER
PEÇO PERDÃO PELAS LETRAS QUE CORRERAM NO TEXTO E PELA FALTA DAS IMAGENS.
Quem quiser a tradução "original", mande-me um e-mail : pileggisa@gmail.com

domingo, setembro 10, 2006

terça-feira, agosto 29, 2006

quanta tecla para apertar!

finalmente agora VOCÊ poderá postar um comentário nesse blog!!Ha ha ha

segunda-feira, agosto 28, 2006

Partido do Ócio Criativo e +

Já stava me esquecendo do DIA DO NADA - o blog, quando, avisado por um amigo, lí o texto da Célia Musilli sobre o ócio criativo, no jornal FOLHA DE LONDRINA, e acabei postando o escrito aí embaixo.

Fui no orkut, digitei ócio e aparecerem 81 comunidades.... É gente que não faz nada, pra caramba! Dá para montar um partido. Ou uma facção dentro de uma estrutura partidária. Mas tanto esse papo, quanto mostrar o que tem de interessante (ainda não vi, nem li) no orkut, fica para uma próxima vez.

Gostaria de continuar as colaborações com o DDN durante o ano todo e não ter o que fazer na, sempre, primeira segunda de maio, que é quando se celebra o DDN, mas, putz, que trampo!

Então, vou fazendo como dá para ser feito.
recomendo dois blogs meus:
http://bocarra.blogspot.com - crítica política e social [onde vou falar do P.O.C. (partido do ócio criativo) ligado a N.Ó.S. (nova ordem sensorial) ligado ao PO5 (partido outros 500)]

e,

http://poesiatododia.zip.net
com meus poemas. Espero que gostem.

VIVA O ÓCIO CRIATIVO

Publicado originalmente na FLHA DE LONDRINA - 27 de agosto de 2006

por Célia Musilli (http://sensivelldesafio.zip.net)
Vou logo explicando: sou basicamente uma ''workaholic'' por contingência da minha função. Jornais hoje e a mídia de forma geral são fábricas de notícias, tudo rápido, urgente, sem parar. A ponto de o trabalho ser comparado a uma indústria, onde fazemos tudo em série. Sim, porque fazer jornal obedece a um processo sequencial até se chegar ao produto final. E este processo tem que ser eficiente e ininterrupto. Porém, como o jornalismo depende de idéias, discussões, críticas, acho esta dinâmica muito contraditória. Hoje, por exemplo, não faltam ''profetas'' decretando que a imprensa escrita está com os dias contados porque temos a internet. Então, para tudo temos que ter pressa, velocidade máxima, como se entrar numa competição de meios fosse mais importante do que discernir e preservar conteúdos.
Para quem se preocupa com o conteúdo, acho que a leitura de um texto profundo e inteligente ainda é mais prazerosa do que a da notícia em série. Ainda que a velocidade da informação seja, sem dúvida, um fator que soma pontos na disputa por leitores. Afinal, dizem que eles também estão cada vez mais ávidos por novidades. Mas será que não estamos ampliando o monstro da pressa sem tanta necessidade?
Sempre me coloco favorável ao que chamo de ócio criativo, parodiando o sociólogo italiano Domenico De Masi, porque a idéia da ocupação compulsiva não se encaixa no mesmo espaço das ocupações criativas. Quem trabalha com textos, palavras, discursos ou qualquer forma transformadora de pensamento não pode se comportar como um inseto operário. Se não temos tempo para elaborar, investir, refletir e se emocionar, o resultado será medíocre. Faço essas colocações sustentando minha opção pelo Partido do Ócio do Brasil (PDOB). Vocês estão surpresos com a novidade? Pensando que o PDOB é mais uma opção eleitoral registrada no TSE? Calma, ninguém está mal informado a menos de dois meses das eleições. O Partido do Ócio do Brasil é uma comunidade do Orkut, o site de relacionamentos que é um sucesso tem 20 milhões de usuários brasileiros porque acolhe democraticamente uma infinidade de idéias. Há desde grupos que discutem sonhos até os que são loucos por feijoada. E enquanto os gaiatos debatem quantos neurônios tem Hebe Camargo, os antenados falam em Coletivos Inteligentes, que são movimentos que reúnem pessoas em torno de novas ações comunitárias e ideológicas.
Então, eu que sou avessa aos partidos de verdade e me sinto órfã neste momento político do País, me ''filiei'' ao Partido do Ócio do Brasil para exercitar o raciocínio anarquista, uma opção e tanto para as pessoas criativas. E que fique claro, o ócio, no caso, é o oposto da preguiça, é fazer coisas porque se gosta.
O ócio criativo é para as pessoas que querem viver de bem com a vida, fazendo do trabalho um exercício de prazer e não um ato compulsório. Afinal, não somos máquinas, somos seres pensantes, emotivos e não devíamos viver contrariados, presos a cartões pontos e outros mecanismos que tolhem o gosto pelo que se faz. Planejamento é uma coisa, programação é outra. Quem gosta do que faz não precisa de grilhões nos pés nem viver como se estivesse acoplado a um chip de produção. Quem gosta do que faz não precisa ser escravizado pelo relógio, mas é capaz de pular da cama de madrugada para terminar uma tarefa importante para sua realização pessoal. Quantas idéias não nos fazem cócegas às 4 da matina? Para não perdê-las costumo deixar caderno e caneta na cabeceira, porque no dia seguinte o ''estalo'' não acontece ou nunca será o mesmo. O momento da criação é o único relógio ao qual obedeço prazerosamente.
Como toda trabalhadora, cumpro tarefas. Mas procuro não me amarrar somente às regras, transformando o trabalho em ''serviço''. Tem momentos na vida em que não quero ''servir'' mesmo para nada, apenas resgatar minha condição de ser vivente e contemplativo. Como um gato na janela ou uma garça no rio. Nestes momentos a criação tem saltos de qualidade. Acredito firmemente que o trabalho prazeroso é muito melhor do que o serviço obrigatório. Retomar esta verdade é tarefa difícil, mas não impossível. Trata-se de ''reconfigurar'' o mundo e suas relações em busca de qualidade de vida. Qualidade que pode significar uma pausa no cotidiano para jogar conversa fora, tomar café, dividir com os colegas uma caixa de chocolates, buscar alimento nos livros e nas revistas, explodir em risadas. Neste ponto, tenho a sorte de trabalhar com uma das equipes mais bem-humoradas da redação. Sem contar que, na vizinhança, temos Oswaldo Militão e Walmor Macarini, dois colegas que resguardam o clima do trabalho sem stress, fazendo animadas intervenções no expediente que seria muito mais tedioso sem aquela alegria que desbanca a burocracia. Qualidade de vida não pode ser ficção. Tem que fazer parte da realidade inventiva. No jornalismo, prefiro me debruçar sobre conteúdos do que produzir notícias como quem fecha latas de salsichas. Nem sempre é possível, mas insisto. Os conteúdos precisam ser valorizados antes que o mundo se transforme de vez numa indústria de idéias descartáveis como a modinha do último verão. Porque são idéias sem vitalidade ou sem chama criativa. E eu não sou do tipo que faz jornal para embrulhar o peixe.

terça-feira, maio 16, 2006

Ana Lucca - correspondente de Guaratuba






Guaratuba, 1 de maio de 2006.

Quando se paga pra não fazer nada a coisa é muito mais organizada. Não é de hoje que se descobriu a preguiça alheia como um ótimo negócio. O pessoal aqui em guaratuba não perdeu tempo nesse dia do nada...
Os severinos estavam a postos com suas redes. Desfilando as cores e os deliciosos hábitos nordestinos pelo litoral paranaense. Esse comércio do relax rendeu belas imagens como a árvore de redes, em plena avenida central, cercada por um muro todo colorido de panos...
Os serviços são os mais variados... desde um jovem peruano que, pasmem, escreve seu nome em um grão de arroz a preços simbólicos, até uma simpática engenhoca que é, ao mesmo tempo, veículo, forno à lenha e balcão de vendas... a pizzaria ambulante que conta ainda com um sistema de autofalantes: “olha a pizzaaaaaaaa”.
Teve até Plástico Bolha em doses terapêuticas. Com o impagável slogan: “Ta Nervoso, Aperte Bolha”. 2,5 m de saúde mental no 1,99 mais próximo de você...

sexta-feira, maio 12, 2006

Patrícia


foto: Carlos Bozzelli para a Folha de Londrina

ddn - cwb - e/ou - 2006 - CURITIBA


registros e imagens que rolaram no ddn na e/ou, com legendas:



- cartaz do gesto anulativo, performance de goto


















- tainhada










- da estética à embriaguez: work in pirinha & test drive






















- jogo dos sete erros















- pós-desconstrutivismo










- edições sobre cenas banais - estudo dos movimentos

- participaram do ddn - cwb - e/ou - 2006:Lourdinha, Lui, Cris Bouger, Claudia Washington, Ana González, Jaqueline Daher, Nena Inoue, Goto, e 4 tainhas. No meio do processo recebemos a visita das vizinhas Carmen Jorge e sua filha Ana Vitória. detalhe: o ddn rolou por aqui antes mesmo de inaugurarmos a própria e/ou...

deu na gazeta do povo, em Curitiba



DDN na capital paranaense, dia 02/05

quarta-feira, maio 03, 2006

ideologia da bagaça

Bem, o movimento gerou certas reflexões, este ano. Talvez pela presença do Cris e do Marcelinho, juntos. Talvez porque tenha caído em dia de feriado de 01de maio o DDN deste ano. Talvez porque é ano eleitoral e o troféu mosca morta agitou os ânimos críticos das pessoas que puderam votar livremente e usar o microfone para falar. Porque neste ano tinha aparelhagem para som e isto foi um grande diferencial em relação aos outros anos.

Algumas das reflexões se relacionam, evidentemente, com a questão do trabalho em nossa sociedade. Quando Cris propôs o emprego diário no trabalho, duas horas por dia, então foi detonado um processo dialético no evento, que superou a quantidade de pessoas que apareceram na frente do Banco do Brasil, no calçadão de Londrina, neste ano para ver e realizar o ócio.

Pensando nisso, preferi comemorar depois – já na saudação com a taça de vinho – o trabalho, segundo o conceito da física que diz que trabalho é a energia empregada por um corpo para se movimentar de um ponto A qualquer a um ponto B.
Ou seja, nesta concepção tudo é trabalho. E quando tudo está trabalhando, disso pode-se tirar uma constante e essa constante ser uma medida para Repouso.
Deixe-me explicar. Eu posso passar a vida empregando meu tempo em algo, trabalhando incessantemente, desde que eu tenha prazer e amor naquilo ao qual estou empenhado em realizar.
Um verdadeiro nadista não tem a intenção de ocupar ninguém em desenvolver máquinas de empregos que trarão o desenvolvimento e o progresso técnico a poucas pessoas que irão lucrar com isso, enquanto o planeta é violentamente degradado com mais poluição e doenças típicas de nossa sociedade industrial, consumista e capitalista. Ainda que seja para trabalhar duas horas por dia e passar o resto do dia na folga.
Aliás, por experiência própria, haja o que fazer quando se tem tanto tempo disponível para não se fazer nada!

Obviamente o Troféu Mosca morta foi para o presidente Lula, que ganhou de concorrentes fortes, como o prefeito, ou sindicatos que oferecem promoção de brindes e shows musicais para atrair os trabalhadores em manifestação do Dia do Trabalho. Houve discursos emocionados, chamando empresários e políticos de vagabundos, mas para quem está propondo um evento para saudar a vagabundagem, na hora do meu voto, fiz questão de lembrar que a maioria desses que estavam sendo chamados de vagabundos eram homens que trabalhavam, de fato, muito. Pessoas que acordam cedo, que dormem tarde, não tenho dúvidas. E que, de morto, eles nada têm. Ao contrário, se deixarmos as coisas caminharem no sentido que eles pretendem, quem vai acabar morrendo somos nós, que não somos tão espertos. O problema dessas pessoas, simplesmente, recai no fato de que seus interesses são contra os interesses da maioria da população. E por isso são nefastos.
Mas que, ali, um grande vagabundo era eu mesmo. E me orgulhava disso. Não acho que o Lula mereça meu voto. Menos ainda esses safados da direita ou da esquerda. O que penso é que devemos parar de acusar tanto essa grande geografia do poder e tentar unir forças que se encaminhem para algumas mudanças de atitudes no comodismo geral. Aprendemos a reclamar e agora precisamos aprender a propor soluções, também. Uma dessas propostas é a de não deixar o movimento ser apenas um evento que acontece anualmente, sem compromisso por parte das pessoas, aparecendo quem quiser, em um local combinado, achando graça não fazer nada. Isso é imbecil! É o contrário disso o que se deve propor. É a união de esforços para se afirmar enquanto veiculo de comunicação de um certo tipo de mensagem. De um certo tipo de se fazer política. De influenciar as opiniões. De procurar pactos, união de gente que pensa e sente como a gente. Usando as armas que se tem às mãos. Lutando durante 365 dias no ano. Esse papo de que o Dia do Nada é alienado. Ou, pior, que é um evento de artistas, não tem a ver com nossa proposta.
A diferença, é que o DDN aposta nas fissuras do sistema para se espalhar, para se expandir, para continuar sua contaminação, para envolver as medulas da ideologia dominante do trabalho. E não do confronto direto, porque isso seria a cooptação do que há de mais interessante em nossa maneira de agir, que é a ironia e a consciência crítica da realidade. Sórdida realidade.

terça-feira, maio 02, 2006

LONDRINA 01 - na prefeitura








Rubão, depois de falar sobre o dia do nada na manifestação do dia do trabalho














As musas do sindserv segurando um folhetinho nosso e fazendo pose para foto.





A mosca morta se espalhando no meio da multidão.

LONDRINA 02 - B.B.






Rubens e Iza, na hora da massagem, de um dia do nada de sol.














Erika, mostrando genitais vegetais e outros sinais;
Marcelinho só de butuca



Cris, incorporando um Eshu politizado e irado, de saia azul e bicicleta cor-de-rosa.

BELÉM





Seguinte, não deu pra ir pra Salvaterra fazer o que tinhamos programado por la.
Fizemos (eu e Marcia Mendes) um City tour na tarde chuvosa de Belém - ai vao as fotos

P.S. - algumas das ótimas fotos de "NADA" que valem, em seu conjunto, uma exposição.

CORNÉLIO PROCÓPIO




























Salve Rubens!Curtimos bastante em fazer os depósitos com NADA dentro.valeu.Um abraço.

S.Marcos, Vanda Di Carmine e Larissa.

folha de londrina

PERFORMANCE - Viva o 'ócio criativo'

O Calçadão de Londrina serviu de cenário, ontem, para mais uma edição do ‘Dia do Nada’, happening artístico e irreverente
Por Nelson Sato
A estudante se aproxima, senta-se no banco da praça e logo é abordada pelo repórter. Você vai participar? Como é que participa? Não fazendo nada. Ah, então eu vou participar. E já estou com vontade de dormir.
Não é a primeira vez que a curiosidade levou a universitária londrinense Patrícia Magalhães a dar uma espiada no ''Dia do Nada'', o happening que o artista plástico Rubens Pillegi Sá idealizou com o objetivo de celebrar o ócio criativo na primeira segunda-feira do mês de maio. Ela conta que também ''deu uma conferida'' na edição do ano passado. No ano passado, aliás, a iniciativa deu o que falar terminando até em xilindró para alguns ativistas. Motivo: eles resolveram tirar a roupa em plena Praça Rocha Pombo. ''A nudez já está incorporada ao Dia do Nada. Hoje vamos responder à polêmica com arte'' diz Pilegi, referindo-se à exposição de desenhos de nus e fotos da genitália de espécies animal e vegetal que seriam montadas até o final da tarde.
Ontem, a manifestação foi realizada no Calçadão central, em frente ao Banco do Brasil. ''O Dia do Nada é um espaço de resistência. Apesar da repressão, não vamos deixar a coisa esmorecer'' completa Pilegi, enquanto outros simpatizantes da causa chegam aos poucos espalhando-se pelas redes de dormir e em volta do sistema de som. A batida preguiçosa do reggae domina a trilha sonora.
Um dos presentes, Cris, é figura conhecida no campus da UEL. Ele faz parte do coletivo da Rádio Marola, uma estação móvel que se instala diariamente ao lado do Restaurante Universitário durante o horário do almoço. Convidado para participar do hapenning no Calçadão, ele aproveita para divulgar as propostas da emissora ambulante. ''A idéia é ambientalizar sonoramente o espaço com música, críticas e recados das pessoas'' diz. É o que pretende fazer também no Centro da cidade, trajando uma saia azul.
Participam ainda do auê anarquista a ambientalista Suzana Rockembach, os artistas plásticos Erika e Leonardo Benatto e o servente de artista plástico Marcelo Henrique. Para acalmar mais os ânimos, Pilegi oferece suco de maracujá e anuncia que logo haverá sessões de massagem aos interessados. Como é feriado, poucos transeuntes passaram pelo Calçadão durante a manifestação.
Atraído pela concentração de pessoas que começava a se formar no local, o balconista Alexandre Machado olha desconfiado sem entender o que ocorre a poucos metros da farmácia onde dá plantão. ''Tem pouca gente ali. Acho que eles precisam de mais participantes, de mais apoio, senão não vão conseguir chamar a atenção'' observa ele, após ser informado do que se tratava. O happening estava previsto para acabar às 18 horas. Uma filipeta distribuída aos passantes resumia o pensamento da trupe: ''Quem inventou o trabalho, não tinha o que fazer''.

segunda-feira, maio 01, 2006

domingo, abril 30, 2006

tá pintando candidato ao troféu MM

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB), pré-candidato à presidência da República, iniciou na tarde deste domingo uma greve de fome em protesto contra o que chamou de "campanha mentirosa e sórdida" para desconstruir sua imagem.

cwb - e/ou - 2006 - ddn

http://chacalog.zip.net/index.html

sócio do ócio

doce ociosidade
sacia minha sede de ser assim
largado no mundo caído na vida
terra mãe luz da manhã

doce sociedade ociosa sempre no cio
já aboliram a escravatura
pendure sua rede mate sua sede
de se espreguiçar

de volta ao princípio
onde o que come é comido
cru ou cozido
vou te devorar

viva nossa carne mortal
de partículas imortais
para pulsar
filhos do sol

até que se cumpra
nosso destino cósmico
sou sócio do ócio
eu sou

chacal (letra elétrika / 94 - musicado por mimi lessa)

lá do blog do chacal....



poema de PAULO LINS, autor de "Cidade de Deus"

peixada em curitiba

olá, rubens
nós, e/ous, vamos de peixada amanhã. aproveitando o momento para uma confraternização
inté,
go to

primeiro deSmaio

Amigos, esse é um convite para participar de uma ação por menos trabalho e menos consumo. Leiam e se interessar vejam qual função gostariam de desempenhar. Pode-se desmaiar, "socorrer" um desmaiado, registrar em vídeo ou foto, convencer pessoas a desmaiarem e/ou divulgar para pessoas de sua confiança. A ação pode ser solitária, mas é possível organizar um grupo de pessoas e realizá-la onde for mais conveniente. Apenas sigam com atenção as instruções.

Para maiores informações sobre o Primeiro DesMaio coletivo em São Paulo, envie e-mails para pppmqqq@hotmail.com

um beijo a todos

melina


Primeiro DesMaio

Convocatória . 1º desmaio de 2006 . Brasil
Trabalhe e consuma menos, seja consciente dos seus atos e saiba que às vezes é melhor não agir. Desmaie
Instruções para um bom Primeiro DesMaio:
O DESMAIO : estude o terreno, procure um local sem obstáculos, afinal tudo isso é uma farsa, você não pode se machucar. Amoleça as pernas, dobre os joelhos e caia de lado. A cabeça é a última a chegar ao chão. Daí em diante não se mova.
OS SINTOMAS (como atuar) : palidez, suor frio; depois há escurecimento da vista, falta de controle dos músculos e a pessoa cai, perdendo os sentidos (treine antes se achar necessário).
REANIMAR : você provavelmente será socorrido, haverá ansiedade e talvez pânico a sua volta. Não ria em hipótese alguma. Aos poucos você vai voltando ao normal, sem saber muito bem o que aconteceu. Deixe as pessoas cuidarem de você, assim ganha-se mais tempo.

AS CAUSAS (servirão de justificativas): o desmaio pode ser provocado por fome, nervosismo intenso, emoção súbita violenta, ambiente fechado e quente, e mudança brusca de posição (por exemplo, abaixar e levantar muito rápido).
Desmaiar é habitualmente assustador, mas quase nunca é grave. Tecnicamente entende-se o desmaio como perda de consciência. O Primeiro DesMaio, ao contrário, é um ato político consciente que tem como objetivo, interromper atividades de trabalho durante um determinado tempo.
Esse comportamento ilusório ocasiona uma quebra no cotidiano, distraindo as pessoas, subvertendo a lógica de mercado, onde tempo é dinheiro, portanto, Primeiro DesMaio pode ser prejuízo. É um protesto pacífico contra centros comerciais, shoppings e supermercados que poderiam não abrir nesta data, mas o fazem. Espaços onde qualquer manifestação seria rapidamente evitada ou repudiada com violência.
Em tempos de alto consumo, descansar, se divertir, ou se manifestar é um privilégio para poucos. Esse ato pode ser realizado por pessoas que trabalham em tais estabelecimentos ou por freqüentadores. Pode ainda ser um ato individual ou coletivo. Primeiro DesMaio é muito mais que aproveitar o feriado, é uma ação concreta principalmente contra o consumo exacerbado.
Esse ato pode ser realizado por pessoas que trabalham em tais estabelecimentos ou por freqüentadores. Pode ainda ser um ato individual ou coletivo.
Este é um ato público, que pertence a todos. Cada um é responsável por sua ação, por isso, seja consciente no seu Primeiro DesMaio e atue com veracidade. Um bom Primeiro DesMaio à todos!
repasse DIVULGUE publique NÃO CONSUMA NESTE DIA
repasse DIVULGUE publique NÃO CONSUMA NESTE DIA

pppmqqq@hotmail.com

sexta-feira, abril 28, 2006

depósitos bancários

*DIA DO NADA 2006*
Oi Rubão.
Mandei um e-mail prá vc ontem mas retornou, na 2ª feira eu e a vanda estaremos indo na agência do banco itáu em Cornélio Procópio, e vamos fazer vários depósitos nos caixas eletrônicos, é claro que não colocaremosnada dentro dos envelopes, e escreveremos neles o endereço eletrônico do dia do nada , vamos registrar com fotos e com os comprovantes , boa sorte e tudo de bom ( digo ) ( NADA ) de bom.

um abraço Tião e Vanda.

nu e hai-kai

FOLHAS CAMINHANDO
FORMIGAS TRABALHANDO
NA SOMBRA

filipetas

As filipetas para distribuir na manifestação dos trabalhadores também ficaram prontas.
Frases construtivas como:

"A cagada remunerada é a única forma de imaginar que o nosso trabalho vale alguma coisa", do Glauco Mattoso, fazem parte dessa verdadeira antologia nadista.

Mas regado à suco demaracujá, é claro. Para acalmar os ânimos nesse feriado.
vai ter nu artístico, claro! of course. Nossos nus são os mais acadêmicos.

vAI TER DESCASCAR ABACAXI. aLGUÉM PRECISA FAZER ESSE SERVIÇO!!!!

e vai ter o paulinho do teatro (nas alturas) gritando no vale, no meio das montanhas: DIA DO NADA . repetido mil vezes pelo eco.

e vai ter o paralelo sistema de som segurando o astral com a aparelhagem de som na frente do banco do brasil. Junto com a rádio MAROLA. Dos caras da UEL. Que sabem sentir o cheiro e o gosto do que quer dizer REVOLUÇÃO.

Peças radiofônicas, discos a ver, trapizongas, radiolas e caixas de som para conectar ao amplificador, etc. serão bem-vindos!

yes!

E Tadheo Amélio, chapando os bueiros com ratinhos, quero dizer, radinhos!

E VAI TER O FAQUIR, NA QUINTA QUE VEM, no 107 blues, NA RÁDIO UNIVERSIDADE, MOSTRANDO, FAZENDO, FALANDO, DANDO UMA CHANCE DO dia do nada MOSTRAR A SUA

E já rola camiseta com o desenho abaixo. Agora a coisa está incorporada.


E troféu MOSCA MORTA! Para quem menos se destaca em sua área de atuação.

E a Eríka, a Gabi, o Korneta, o Cris, a Izzzzzzzzza, o Marcelinho (q vai ser desta vez?) e os companheiros de sempre, como o João e o Jean.

E a revista desCARAdaS. E o livro do Chico, professor de arte da UEL.

Por enquanto...

Ah! E levem material para registrar o evento: gravadores, coisas para fazer fotos - celulares e câmeras - e videos.



Quem for leve frutas, ok?

Em Londrina, um dos lugares é na frente do Banco do Brasil, no calçadão.

quarta-feira, abril 26, 2006

terça-feira, abril 25, 2006

frases

A arte foi “pensada até o fim”, e dissolveu-se no nada. O nada é tudo que resta...

Hans Richter

frases

Não é do trabalho que nasce a civilização: ela nasce do tempo livre e do jogo.
Alexandre Koyré

desCARAdaS

Na dica de CARAS
Ou, solução para o “dia do nada” anterior... como diria um efêmero ex-presidiário nos tempos atuais.

Trabalho (algo que já foi denominado “poeisis”) é um verbo que não se conjuga no portentoso território da ilha de caras. Pódi crê, um lugar bom de se aparecer e, diga-se de imaginativa passagem, infinitamente perfeito de nada pra fazê! E, (des)cara-da-mente então desencarei a des-can-cara-da revista VIP (Very Imbecile People) (des)informativa mais querida e com-ferida da semana tupiniquim.
Sim!! O sorridente compêndio que toda dona de estético salão assina, ou compra, a fim de(sempre) trazer felicidade à sua fidelíssima clientela.Entretanto, como fica o digníssimo “trampinho” dos papparazzis (photo-lier-thieves) numa estorinha furada dessas?!? O “click” deles estaria sendo (des)valorizado?!Ou (des)caracterizado? Por via das dúvidas, (des)pasteurizado...
Que nada o quê?! Nade sempre a favor das correntezas, à ilha. Mundanos. E eu disse “trampinho”, não tr..., o verbo tr... não há de ser conjugado, afinal de contas, é a primeira segunda de maio, o dia do...

N A D A!! Dia do nada, dimensões, uns não-lugares a fins, fadados como a contos de fadas. E rola, na praça também, todo ano. Em Londrina/PR, em BeloHorizonte/MG, na Califórnia/USA, em Macapá/AP, Rio de Janeiro e puraí vai. Faz-se um happening, pior, uma ode pública ao ócio. Por que não dizer, faz-se também apontamentos a uma miríade alternativa, a vivências quaisquer de potenciais cotidianos a serem.... Aliás, o nada ser? Num sei ao direito, mas sei que a praia de nadismo (outono 2005) deu até problemas, o coçar público de saco afetou o chato da milícia estado-all... e daí não adiantou nada, nem oferecer sopinha na rede ou convidar para a pescaria a vácuo. Câmera fotográfica e fitinha cassete foram-se embora...nu. Mas já era, né??!

N O T H I N G . . . N O T H I N G . . . N O T H I N\nG . . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . .N O T H I N G . . . N O T H I N G . . . N O T H I N G . . .

Vai de momentum.O que importa? Que muitas caras a vejam? Ou que, pudera... o que há?! Os sorrisos hão de ser compartilhados e tal.
Fico nessa. Deixemos, caracas, a cara revista revisitada. E que possa, ou não, ser revistada. Enfim, reviste. E nos visite

idéias ao redor

Tadheo Amélio com os radinhos em bueiros da cidade.

Gisele descascando abacaxis na praça.

Paiagens sonoras para ruinas urbanas e terrenos baldios (para quem quiser fazer uma peça de áudio)

Déte com a revista desCARAdaS.

terça-feira, abril 18, 2006

propostas para 2006 - parte 01
















Para este ano de 2006, proponho irmos atrás de alguma manifestação de trabalhadores distribuir folhetos com frases sobre o NADA. E gravar isso em vídeo. Acho que pode ser um doc. interessantíssimo abordar a questão do trabalho além da relação de emprego, oferta e procura e mais-valia.

Outra é levar pessoas que gostam de fazer massagens à algum local público, e oferecer serviços para relaxar os transeuntes.

Também tem o troféu "Mosca Morta". Esse eu estou querendo fazer.
Uma mosca morta dentro de uma estrutura de resina acrílica. E uma embalagem de papelão, com uma bula, tipo "para aquele que que menos fez em sua área de atuação", para algum "vagabundo profissional", mesmo, ... por aí.
Talvez com algumas frases do NADA, também. Mas preciso ir atrás dessas moscas, da fôrma e dessa resina, ainda.

É isso, com a facilidade de documentação e registro hoje, quando todo mundo tem celular que grava e tira foto e maquininha digital, fica mais fácil de pegar um monte de imagens e depois editar. Juntar material documental vai ser o lance, agora.

quinta-feira, março 30, 2006

videos do dia do nada

tem dois videos na praça sobre o dia do nada.
um, é uma visão do ddn de 2005. outro, uma compilação do material documental dos quatro anos de existência do evento.
quem quiser uma cópia deles, me mande um email: pileggisa@hotmail.com