2016! Amanhã é o Dia do Nada - primeira segunda de maio, Iniciado em
2002, em Londrina, ele se expandiu pelo país com ações, performances,
fotografias e criação de objetos cada vez mais elaborados. Foram muitos
os acontecimentos, como a feijoada no "Rés do Chão", no Rio de Janeiro; a
deriva com câmaras de ar de pneus de caminhão, no Rio Amazonas, pelo
grupo Urucum; os encontros no Espaço E/Ou, de Curitiba; ações em Foz do
Iguaçu, Belo Horizonte e também no Texas/EUA; além de muitas
outras, como as de Londrina, com os amigos da UEL e de Bela Vista, na
Praça abaixo do Museu de Arte. Até prisão, por nudez, aconteceu. No Rio
de Janeiro, o "Chutando o Balde", em 2008, na Av. Presidente Vargas, foi
memorável.
Mas o que é o Dia do Nada? É um evento que toma como
desafio questões de totalidade só alcançaveis por experiências mentais -
religiosas e filosóficas - para serem aplicadas na prática, como o
fazem a física quântica, a filosofia existêncialista e a arte
contemporânea, advinda da arte Conceitual.
A ideia é fazer o Nada,
pois não fazer nada, no entanto, ou é apenas um jogo de palavras ou só
podemos supô-lo em estado de inércia absoluta, através da morte. E o Dia
do Nada é a favor da Vida. Aposta no desejo e no prazer como caminhos
para a evolução humana no sentido da generosidade e da percepção do
direito do outro como parte do próprio direito. Não é contra o trabalho,
porque o trabalho, segundo a física, é definido como a energia gasta
por um corpo para ir de um ponto a outro. E tudo está em movimento, o
tempo todo. É contra o trabalho escravo, desprazero, mecânico. É contra o
lucro e a mais valia.
O Dia do Nada, enfim, é um Estado de
Espírito. Mas um Estado de Espírito à serviço da criação material e
concreta de coisas que questionem a ordem funcional do mundo em que
vivemos.
domingo, maio 01, 2016
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